o nó na minha garganta? virou texto.

é engraçado como tudo o que acontece não é da forma como queríamos. sempre estamos prontos pra reclamar, ainda que seja uma coisa boa... sempre falta um tantinho pra ser perfeito.

é engraçado como dentro da situação não conseguimos analisá-la realmente, e só a partir do momento que decidimos sair e averiguar realmente o que tem acontecido nos damos conta da real situação. você se culpa e culpa outras pessoas e desconta em qualquer coisa que se mova toda sua frustração e isso é tão típico. nós somos tão iguais, tão banais, tão... gente.

daí, por qualquer motivo que você julga grave, você despenca direto num poço e dentro da sua dor não há respostas, você só cava mais e mais e se esconde de tudo, inclusive do que ainda tá aqui te esperando. e nesse alvoroço tem tanta gente disposta a te empurrar mais pra baixo e tanta gente só esperando você dizer que precisa de ajuda um ouvido desocupado.

num determinado momento você percebe tudo que fez. o que não precisava, o que precisava e não deu jeito... percebe como é patética a vida de um mortal. percebe que tem tanta gente que se diz amigo e na verdade só está te ferrando, acredite, a longo prazo. e tanta gente que estava ali e por burrice, você afastou.

ao longo da vida vamos acumulando tantas experiências boas e ruins, e não aprendemos nada com isso. quando nos deparamos com algo que julgamos novo, esquecemos tudo aquilo que acumulamos antes e é disso que vem a frustração. esperamos demais de pessoas que são tão iguais a nós. esperamos tanto de pessoas porque queremos que elas tenham essa ou aquela atitude. porque queremos de alguma forma esquecer o que somos e projetamos isso em alguém ou alguma coisa. é tão óbvio, mon dieu. e o que nos leva a esquecer isso?

a vida não é nem nunca vai ser nem de longe o que esperamos dela. a vida, que é supostamente nossa... imagine as pessoas. elas são só isso. mesmo. muitas vezes são muito menos do que você esperava. muitas vezes são só iguais a você. elas nunca vão ser tudo o que você espera, nunca vão ser mais do que isso que elas são.

ui.